domingo, 23 de outubro de 2011

JK

JK by jcoarq
JK, a photo by jcoarq on Flickr.

Sobremesa típica de casa de Vó, essa mistura de cremes simples agrada muita gente.

Quando me casei, ganhei de minha mãe um livro de receitas do Rotary. Uma edição comemorativa, na qual minha mãe tem receitas publicadas. Aliás, até hoje não entendo bem porquê, já que minha mãe nunca foi uma apreciadora da cozinha, apesar de cozinhar muito bem.

Nunca falei disso aqui, mas só aprendi a cozinhar com uns 12 anos, quando minha mãe resolveu fazer um curso em Belo Horizonte, nas férias, e ficamos aos cuidados de meu pai. Antes disso, não podíamos ousar fazer nada na cozinha a não ser comer porque minha mãe não deixava que fizéssemos nada - para, obviamente, não sujar nada.

Na primeira semana sozinhos comemos de marmitas e na segunda resolvi cozinhar. Bem, eu e minha irmã, que, um ano mais nova que eu, me chamava de adultinha e sentenciava minha prematuridade desde então. Tivemos sucessos e desastres culinários, mas aprendemos muitas coisas.

Com o retorno de minha mãe, a farra na cozinha acabou e só foi retomada um ano depois, no novo módulo de seu curso.

Bem, voltando ao livro, adoro principalmente a parte referente às sobremesas. As receitas são relativamente antigas e me dão uma sensação de comidas gostosas, dessas feitas por nossas avós. Pode ser só uma impressão, mas é o que vale pra mim, mesmo porque ele nem tem uma capa chamativa com uma editoração legal, já que num primeiro momento é o que me chamaria a atenção e quando abro suas páginas vejo receitas repetidas em locais que não deveriam estar e por aí vai...  Enfim, um livro que vale a pena pelas receitas.

Às vezes fico pensando quantos livros como esse não devem estar espalhados pelo nosso Brasil e quantas receitas maravilhosas devem estar  perdidas em gavetas e sequer serão feitas um dia. Divagações de fogão...

Agora, voltando à sobremesa da foto, cujo nome é JK (que delírio né?!) eu a fiz pela primeira vez, logo que me casei e arranquei suspiros de um garotinho que visitava minha casa (Ítalo) sem entender o porquê. Afinal aquela tinha sido uma sobremesa feita sem nenhuma pretensão dada sua simplicidade.

Refiz esta sobremesa mais algumas vezes e percebi que se ela fosse ao freezer virava uma espécie de sorvetão e também ficava ótima.
Não que o doce seja maravilhoso, mas seus sabores são simples e autênticos.

Primeiramente faz-se um creme amarelo com 4 gemas, passadas na peneira, 1 colher de sopa de açúcar refinado, gotinhas de essência de baunilha, 1 lata de leite condensado, 2 latas de leite e 1 colher de sopa de Maizena.

Feito o creme, disponha-o em uma travessa e reserve.

Em outra panela coloque 4 colheres de Nescau ou outro achocolatado, já adoçado, de sua preferência e um pouquinho de leite para fazer uma espécie de calda. Leve ao fogo e quando levantar fervura desligue.

Despeje esta calda em um prato fundo e umedeça bolachas tipo Maizena, distribuindo-as sobre o creme reservado.

Batas as claras restantes, acrescente 4 colheres de sopa da açúcar e continue batendo. Ao desligar a batedeira acrescente uma lata de creme de leite sem soro e misture bem (não bata, apenas misture). Disponha esta mistura sobre a camada de bolachas e decore.



2 comentários:

  1. Adoro cremes amarelos... Com baunilha de essência ou fava, tanto faz. O aroma dele cozinhando, a consistência de sorvete derretendo - fico bem feliz.

    ResponderExcluir
  2. Nossa Lucinha....fiquei surpresa qdo li a sua receita de JK. Aqui em casa, fazemos esse doce há muitos anos e ele tbem faz muito sucesso.
    Minha mãe apelidou o doce de Pavê Ana Paula pq desde criança ADORO e como demais sempre que ela faz...rs
    A única diferença é que cobrimos o último creme com chocolate granulado.
    bjsss

    ResponderExcluir

Deixe aqui seu comentário! Se não possuir nenhum dos perfis indicados na janela abaixo, clique em "anônimo" e deixe seu recado!