domingo, 19 de junho de 2011

O grande dia...

O grande dia chegou... depois de muito ensaio e muita barriga no fogão, inicio hoje minhas postagens. Espero que elas não sejam raras, mas acredito que me ausentarei por diversas vezes.

Bem, como ainda não encontrei uma forma de relacionar aqui, nesta interface, os motivo pelo qual resolvi criar este blog sobre culinária, deixarei nesta postagem apenas uma receita que fiz hoje para dois amigos que me visitaram, e é claro para meu grande incentivador e apreciador da boa culinária, meu marido.

O menu do dia era: costelas suínas assadas num molho de vinagre acompanhadas por um risoto de funcho que há tempos queria provar. O sabor do funcho sempre me foi uma curiosidade, já que num primeiro momento tinha a falsa noção de que se tratava de uma iguaria que apenas daria aroma aos meus pratos. Minha suspeita não foi comprovada, já que o sabor do funcho é muito marcante e adocicado. O risoto ficou bom porém como este era meu primeiro contato com essa herbácea acredito ter colocado pouco, na próxima acrescentaria mais um bulbo, para então descrever qual minha verdadeira impressão sobre o funcho. Me aguardem...

Saboreamos tudo com um vinho californiano que não achei muito legal, o Oak Leaf - Cabernet Sauvignon.

Terminada a apreciação dos pratos do almoço, servi uma sobremesa criada hoje, por mim, que ainda não a batizei.

Dentro de pequenos potinhos coloquei uma cama feita de um creme com os seguintes ingredientes:
1 lata de leite condensado;
1 lata de leite de vaca;
1 e meia colher de maisena;
3 gemas;
e a raspa do interior de uma fava de baunilha.

Sobre este delicioso creme foram dispostos suspiros feitos a partir de três claras de ovos e seis colheres de açúcar, previamente batidas num mixer com o que sobrou da minha fava de baunílha. Este açúcar ficou maravilhoso e extremamente perfumado.

Os supiros foram ao forno e depois para cima do meu creme. Sobre os suspiros joguei uma calda que a classifico como `gosto de coisa chique´, já que sua mistura de ingredientes cria um aroma e um sabor que nos remete a um universo sem igual (e olha que doces não são o que mais gosto de comer).

Enfim, esta calda é feita de um copo de vinho tinto, um copo de água, 100 gramas de uva passa branca, cinco cravos da índia, um pau de canela, duas colheres de mel e uma xicara de açúcar. Deixe ferver e guarde na geladeira. A calda acompanha várias coisas, desde simples sorvetes até bolos e cremes, além de perfumar toda a casa quando está fervendo.

Juntos, eu, meu marido, Gisele e Sérgio chegamos a conclusão de que a mistura ficou ótima e terminamos a tarde com um cafezinho adoçado pelo açúcar saborizado, os suspiros e uma boa prosa com o Chico Buarque, no DVD, é claro.

Bem, hoje fico por aqui lembrando das pessoas que me inspiraram nas receitas deste dia, e que com certeza vou mencioná-las por mais uma infinidade de vezes, por se tratarem de mulheres, na sua maioria, que me mostraram como pode ser saborosa a vida. São elas: minhas duas amadas avós (Joana e Adelina), uma por seus deliciosos suspiros, feitos na minha infância e a outra por seus temperos para assados que chego a sentir o cheiro, principalmente os de carne suína; mas também não poderia deixar de mencionar a Vírgínia, tia do meu marido e que me apresentou a tão delicada calda para minha sobremesa.

Beijos a todas e todos.

2 comentários:

  1. Adorei!!!! Voce deveria mesmo dedicar mais tempo ao blog, para nosso deleite. Um momento de prazer que nos faz sentir os aromas e sabores que voce descreve.

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  2. Lulu, gostei da idéia e com certeza serei assídua.
    Acho curioso vc e eu gostarmos de cozinhar sendo que nunca fomos estimuladas para isso. Pelo contrário, nossa mãe é muito prática em relação a cozinha. De onde veio isso, hein?
    Que o blog faça sucesso para trocarmos idéias, dúvidas e receitas.

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